sábado, 19 de setembro de 2015

A pecuária de fronteiras

Para cada R$ 1 milhão de receita com pecuária extensiva, R$ 22 milhões de impacto ambiental

Atividade gera desmatamento, gasta mais água e degrada solo por mais tempo

A latifundiária vaca brasileira traz custos ambientais que, se internalizados, tornariam a pecuária bovina inviável. Um estudo sobre os riscos de financiamento lista a criação de gado como um dos setores de maiores custos de capital natural, com impacto no desmatamento, na degradação do solo e na emissão de gases do efeito estufa — a flatulência bovina está entre as maiores fontes do mundo de metano, um potente gás-estufa.

Apresentado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Agência Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ), o relatório “Exposição do Setor Financeiro ao Risco do Capital Natural” analisou 45 setores, incluindo agropecuária, petróleo e gás, cimento, energia, aço, florestas e produtos químicos. Ele recomenda aos bancos e fundos de pensão novas formas de avaliar o risco de investimentos.

Segundo o relatório, para cada R$ 1 milhão de receita da pecuária bovina, são gerados R$ 22 milhões de impactos ambientais, principalmente em desmatamento e emissão de gases-estufa. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, explica que a proposta do estudo é orientar bancos e outras fontes financiadoras na hora de conceder empréstimos. Ela lembra que a resolução 4.327 do Banco Central, de 2014, determina a responsabilidade pelo risco ambiental tanto por quem pratica quanto por quem financia.

Segundo Marina, a pecuária de fronteiras, que abre caminho no cerrado e na Amazônia, é a de maior risco:

— A vaca latifundiária consome mais água, degrada o solo por mais tempo. Existe tecnologia para mudar isso e tornar a pecuária mais competitiva.

UM ANO PARA RECUPERAR SOLO

O gado destrói o solo bem mais do que parece à primeira vista. Ele não apenas come o capim: pisoteia e arranca a camada fértil da terra. Alcança áreas vulneráveis, como as margens e nascentes de rios, além daquelas de encosta, sujeitas a uma maior erosão. Por isso, projetos de recuperação não são triviais. Precisam se adequar ao bioma, à legislação de cada estado, ao tipo de solo, relevo e clima.

— O solo degradado já perdeu muito de sua capacidade produtiva. Leva pelo menos um ano para recuperar uma área. E é preciso saber que tipo de uso será melhor. Se for uma área plana e capaz de repor a fertilidade, pode ser empregada na integração pecuária-lavoura. Já margens de rios e topos de morro se adaptam mais à regeneração da vegetação nativa — diz Édson Bolfe, pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite.

Se a ideia for recuperar a área para a pastagem, é preciso levar em conta variáveis como a chamada safra do pasto e o manejo genético do gado. E tratar o pasto como qualquer outra cultura.

— Ao mesmo tempo em que você recupera, precisa colocar mais cabeças de gado por hectare. Há tecnologia para isso. Com isso, você aumenta os ganhos e evita desmatar novas áreas — observa Bolfe.


Fonte: O Globo

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

LIÇÃO:O povo que elege um politico pode destruir este politico!

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Megausinas do Rio Tapajós são adiadas

Megausinas do Rio Tapajós são novamente adiadas pelo governo
Rio Tapajós
Os dois maiores empreendimentos hidrelétricos projetados pelo governo foram alvo de novos adiamentos. A informação consta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), cuja minuta foi posta em consulta pública nesta quarta-feira (16/09) pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que chegou a ter o início de suas operações previsto para janeiro de 2016, foi mais uma vez adiada pelo governo em sua revisão anual e agora está projetada para operar apenas daqui a seis anos, em 2021.

A usina de Jatobá, também desenhada para ser erguida no Rio Tapajós, passou de 2020 para 2023. O PDE é elaborado pelo governo para apontar suas prioridades de expansão do setor elétrico nos próximos dez anos. Esse documento é atualizado anualmente, conforme empreendimentos entram em operação e outros passam a ser estudados.

A versão anunciada hoje diz respeito aos projetos que deverão entrar em atividade até 2024. O documento está disponível no site do MME e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Depois de Belo Monte, que está em construção no Rio Xingu, as hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá são os maiores projetos do setor. Ambas estão previstas para serem construídas no Rio Tapajós, no Pará, em um trecho de mata intocada.

Para viabilizar os empreendimentos, o governo reduziu florestas protegidas da região, já que é proibido construir usinas em unidades de conservação. Há uma forte resistência, no entanto, quanto ao impacto a terras indígenas na região. Na Fundação Nacional do Índio (Funai), processos de homologação de terras indígenas aguardam a resposta do governo, que há anos tem adiado uma resposta aos processos. A Funai concluiu que São Luiz carrega 14 impactos negativos aos índios e às terras indígenas – seis dos quais, irreversíveis.

Na avaliação da autarquia, o projeto é inconstitucional por alagar áreas indígenas, o que é proibido pelo artigo 231 da Constituição. Até dois anos atrás, a Funai em Itaituba (PA) já tinha identificado cinco aldeias dos índios mundurucu na região – uma população de aproximadamente 500 pessoas. Há uma forte apreensão sobre a reação dos índios que vivem no Alto Tapajós, onde nasce o rio, na divisa de Mato Grosso com o Pará.

Cerca de 12 mil índios mundurucus habitam essa região. Estimada em mais de R$ 30 bilhões, São Luiz chegou a entrar nos planos de leilões do governo ainda no ano passado, mas o governo acabou recuando da ideia. Neste ano, a dificuldade de licenciamento ambiental do projeto somou-se à crise econômica, e o governo acabou não tocando o projeto adiante. São Luiz tem previsão de retirar 8.040 megawatts (MW) das águas do Rio Tapajós. Jatobá prevê mais 2.338 MW. Essas duas usinas representam mais da metade de tudo o que o governo planeja de expansão hidrelétrica até 2024.


Fonte: Revista Época Negócios

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

TERRA LEGAL - ASSÉDIO MORAL

Foto:BLOG DO JESO












Servidores do INCRA e do Terra Legal em Santarém realizaram uma manifestação hoje (16) de manhã em frente ao prédio do Terra Legal, à avenida Rui Barbosa, Aldeia.
Eles acusam o chefe do Terra Legal, José Amazonas, de assédio moral.


DE: JESOCARNEIRO BLOGSPOT  - http://www.jesocarneiro.com.br/pessoas/servidores-federais-fazem-manifestacao-contra-o-no-1-do-terra-legal.html#more-72185

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Histórias de vida da BR 163 - SEMPRE PRA FRENTE

clique na imagem para amplia 
clique na imagem para ampliar







































"O grupo dos autores agradecem, muito, pela colaboração de todos os parceiros que enriqueceu profundamente o conteúdo do livro. Obrigado!"





clique na imagem para ampliar



















 Pioneiro:ANORIVAL MISSASSI,
protagonista recebendo o exemplar de um dos autores.

clique na imagem para ampliar

7 de SETEMBRO- INSTITUTO ROYER




Belíssimo trabalho - Sara Royer

sábado, 5 de setembro de 2015

Propriedades de terras no Amapá serão investigadas

Propriedades de terras em três cidades do Amapá serão investigadas

Nas cidades de  Amapá,Tartarugalzinho e Calçoene.

Posse de cerca de 46 mil hectares de terra em Amapá será investigada.
Imap vai apurar denúncia sobre posse de terra no entorno de rio em Tartarugalzinho .
As propriedades que juntas somam 46 mil hectares de terra no município de Amapá, além de outras áreas nas cidades de Tartarugalzinho e Calçoene, serão investigadas pelo Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap). Técnicos da instituição viajam para os municípios nesta quinta-feira (3), para visitas que vão avaliar a situação das terras.

A inspeção é resultado de uma denúncia feita pela Pastoral da Terra, da Diocese de Macapá, ao Ministério Público Estadual (MP) do Amapá.

“A denúncia é de agricultores, extrativistas e comunidade em geral, que se sentiram prejudicados com alguém que demarcou a propriedade. Dessa forma, eles procuraram a Pastoral da Terra, que formalizou a denúncia e levou para o MP”, disse o titular da Coordenadoria de Patrimônio Fundiário do Imap, Israel Dias.

Segundo ele, nos municípios de Calçoene e Tartarugalzinho, a suspeita é de que aconteça um conflito de terras. Empresários teriam títulos de posses de áreas que incluem um lago e um rio, respectivamente, e a comunidade do entorno utiliza o lugar para o sustento próprio, conforme Dias.

“No município de Amapá, está sendo investigada uma área de 46 mil hectares, praticamente toda a comunidade Bicudinho. A denúncia é que uma empresa está tomando conta de toda a área e proibindo os moradores de usarem o local. Não sabemos se o termo é grilagem, porque ainda não fizemos a pesquisa de campo. Mas a suspeita é essa e vamos verificar”, falou Dias. Segundo ele, o Imap vai investigar que é o proprietário de direito da terra.

Os técnicos vão visitar as áreas, catalogar as informações e fazer um parecer técnico num período de 15 dias ou mais. O documento será encaminhado para a assessoria jurídica e, em seguida, para o MP, segundo Dias.

A diretoria de Meio Ambiente do Imap deve fazer a autuação dos responsáveis, caso as áreas estejam delimitadas e sendo usadas irregularmente.

Por: Fabiana Figueiredo

Fonte: G1

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Dia da Amazônia - Cuidando da Casa Comum

O Dia da Amazônia, comemorado dia 05 de setembro, foi celebrado com discussão em Seminário intitulado Amazônia Sustentável nesta sexta-feira, 04, no auditório David Mufarrej, na Universidade da Amazônia. Os debates se basearam na Carta Encíclica “Laudato Si – Cuidando da Casa Comum”, publicada pelo Papa Francisco. O evento foi promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Escola Superior de Advocacia (ESA), Universidade da Amazônia (Unama) e Comissão de Meio Ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PA).

Durante o Seminário, o titular da Semas, Luiz Fernandes Rocha, comentou os reflexos da questão ambiental que recaí na segurança pública. “É muito interessante o conteúdo da encíclica, visto que nos chama à nossa responsabilidade. Temos muito discurso e falta ação, efetividade para resolver o problema da desigualdade social, por exemplo. O Governo do Estado tem trabalhado muito nisso, porque caso não resolvamos a pobreza e desigualdade, não resolveremos o restante. Nossa atuação tem sido investir na desconcentração e descentralização da gestão ambiental, para que os municípios façam sua própria gestão, além de ações de comando e controle, para autuar os responsáveis pelo desmatamento. Por outro lado, apoiamos aqueles que têm mantido a floresta em pé”.

Ascom Semas


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O poder, a política... revela

 O poder, a política... revela



.............“O poder não muda as pessoas, apenas revela quem elas são realmente”.

.............“A política não dá e nem tira caráter, apenas o revela”.