Giovany Marcelino Pascoal e Luiz Bacelar Guerreiro Júnior em liberdade.
MPF recorre contra liberdade para dois dos principais alvos
de operações antidesmatamento no Pará.
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta
quarta-feira, 30 de dezembro, que irá entrar com recursos contra decisões
judiciais que concederam liberdade a dois dos principais alvos de operações
realizadas no último ano contra desmatamento no oeste do Pará.
Neste final de ano, a defesa do acusado Giovany Marcelino
Pascoal, que estava foragido, conseguiu a suspensão do mandado de prisão
preventiva contra ele, e a defesa do acusado Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, que
estava preso, conseguiu alvará de soltura.
Giovany Pascoal está foragido desde o final de 2014, quando
foi realizada a operação Castanheira, contra organização especializada em
grilagem de terras e crimes ambientais em Novo Progresso, no sudoeste do Pará.
O MPF denunciou-o por crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 49 anos de
cadeia. Juntamente com Pascoal foram denunciados em setembro 22 outros
acusados.
Luiz Bacelar, ex-superintendente do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, estava preso desde agosto
deste ano. Ele foi preso durante a operação Madeira Limpa, que desmontou
quadrilha acusada de coagir trabalhadores rurais a aceitarem a exploração
ilegal de madeira dos assentamentos do oeste paraense em troca da manutenção de
direitos básicos, como o acesso a créditos e a programas sociais.
Denúncia contra Bacelar e mais 29 acusados foram
encaminhadas pelo MPF à Justiça também em setembro. Os crimes denunciados são
estelionato, falsidade ideológica, receptação ilegal, corrupção passiva e
ativa, apresentação de documentos falsos, violação de sigilo profissional,
advocacia administrativa e crimes ambientais. As penas para esses crimes chegam
a até 12 anos de prisão e multa, e podem ser aumentadas por conta da quantidade
de vezes que os crimes foram cometidos. (MPF)
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