segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Enquanto esses dois,Castanha e Ismael, não forem presos, não podemos soltar dados georreferenciados da BR-163.

Madeireiros ilegais estão atuando em desmatamentos multiponto
“Enquanto esses dois não forem presos, não podemos soltar dados georreferenciados da BR-163, porque temos que pegá-los. E eles têm um sistema de legalização das terras. Do qual participam servidores públicos e que vamos desbaratar em breve”, afirmou Menezes.
Responsável pelo trabalho das equipes de fiscalização, Menezes disse que está confirmado o uso dos dados do Deter pelo crime organizado na região. “O infrator começou a usar as informações do geoprocessamento. Nós, da fiscalização, sempre pedimos para não divulgar dados do Deter antes de fecharmos as operações”, afirmou.
Luciano Menezes informou que as equipes do Ibama que participaram da Operação Castanheira, em parceria com a Polícia Federal, continuam procurando dois grileiros que são considerados os mais perigosos da região. Conhecidos apenas pelos primeiros nomes, Castanha e Ismael estão foragidos, desde que membros da organização mantida por eles na região da rodovia BR-163, uma das mais afetadas pelo crime, foram presos preventivamente depois de um flagrante.


Durante a entrevista coletiva, o presidente do Ibama ressaltou, diversas vezes, que os relatórios começaram a ser usados por grileiros que atuam na região. “Os dados estão sendo usados sem critério e começaram a alimentar a própria cadeia criminosa”, alertou. Para ele, tal uso compromete a eficácia do trabalho dos fiscais e expõe as equipes a um risco maior em campo.
Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Menezes Evaristo, madeireiros ilegais estão atuando em desmatamentos multiponto, ou seja, abrem várias frentes em diferentes partes de uma área e vão avançando na derrubada das árvores. “Enquanto esse desmatamento está pulverizado, o Deter não enxerga porque satélite de baixa resolução significa que não enxerga bem”, reforçou.
Responsável pelo trabalho das equipes de fiscalização, Menezes disse que está confirmado o uso dos dados do Deter pelo crime organizado na região. “O infrator começou a usar as informações do geoprocessamento. Nós, da fiscalização, sempre pedimos para não divulgar dados do Deter antes de fecharmos as operações”, afirmou.
Luciano Menezes informou que as equipes do Ibama que participaram da Operação Castanheira, em parceria com a Polícia Federal, continuam procurando dois grileiros que são considerados os mais perigosos da região. Conhecidos apenas pelos primeiros nomes, Castanha e Ismael estão foragidos, desde que membros da organização mantida por eles na região da rodovia BR-163, uma das mais afetadas pelo crime, foram presos preventivamente depois de um flagrante.
“Enquanto esses dois não forem prensos, não podemos soltar dados georreferenciados da BR-163, porque temos que pegá-los. E eles têm um sistema de legalização das terras. Do qual participam servidores públicos e que vamos desbaratar em breve”, afirmou Menezes. Ele antecipou que as equipes do Ibama estão espalhadas em nove áreas consideradas críticas na Amazônia, que respondem por 70% de todo o desmatamento da região.
Perondi explicou, por sua vez, que os sistemas estão passando por aperfeiçoamentos e que o Inpe já está testando imagens de um satélite de maior resolução que vai alimentar o que estão chamando de Deter B. “Será baseado no sensor AwiFS, que monitora polígonos menores que 25 hectares e detecta desmatamentos superiores a 6,25 hectares.”
O novo sensor é capaz de discriminar desmatamentos por corte raso, corte seletivo e degradação florestal, por ter resolução de 60 metros (m) contra os 250m de resolução do atual equipamento. “Ele proporciona informação mais precisa, e estaremos atingindo a demanda de ter um sensor menos míope”, afirmou.
O diretor do Inpe informou que a formalização do uso desse novo equipamento só ocorrerá no final do primeiro semestre de 2015, mas há estão sendo feitos pilotos para monitoramento e captação de imagens que serão usadas no aperfeiçoamento do sistema.
Não foram divulgados novos dados de desmatamento nesta sexta-feira. Zanardi e Perondi explicaram que os números preliminares do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que usa sensores com resolução maior, capazes de captar de 20m a 30m, são usados como dado oficial para medir a taxa de desmatamento. Esses dados serão consolidados e apresentados até o dia 20 deste mês.
Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil – EBC



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