sábado, 9 de julho de 2016

Antonio José Junqueira Vilela Filho,preso.

Chefão envolvido na Rios Voadores é preso em SP

O pecuarista Antonio José Junqueira Vilela Filho, o AJ Vilela, alvo principal da operação Rios Voadores, deflagrada pelo Ministério Publico Federal, Polícia Federal, Ibama e Receita Federal se entregou hoje à PF em São Paulo. Ele é apontado como chefe de um esquema de desmatamento ilegal e grilagem de terras no interior do Pará, que movimentou R$ 1,9 bilhão entre 2012 e 2015, destruiu 300 Km quadrados de florestas e já rendeu a prisão  de 15 pessoas. A quadrilha atuava desde 2012 nos municípios de Altamira e Novo Progresso e era comandada por AJ e pelo cunhado, Ricardo Viacava. Os dois estão presos na carceragem da PF em São Paulo, assim como Ana Luiza Junqueira Vilela Viacava, irmã de AJ e mulher de Ricardo.

Por essas e outras, "Jotinha" foi multado pelo Ibama em R$ 163 milhões. Segundo as investigações, o grupo invadia florestas em terras públicas, retirava e vendia a madeira de valor mais alto, e depois derrubava a mata remanescente e ateava fogo. Na terra devastada era plantado capim e instalada criação de gado. Para praticar esses crimes era utilizada mão de obra submetida a condições análogas às de escravos. Depois de consolidar as pastagens, o grupo registrava os terrenos em cadastros ambientais rurais oficiais, em nome de laranjas (pessoas que servem como intermediárias em negócios fraudulentos). As pastagens, então, eram exploradas pelos próprios integrantes do grupo ou arrendadas a terceiros.

Postado por Franssinete Florenzano

Blog da Franssinete Florenzano 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Servidores do Incra fazem ato contra a nomeação

Servidores do Incra fazem ato contra a nomeação de filho de Paulinho da Força

Um grupo de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital paulista faz ato contra a nomeação de Alexandre Pereira da Silva para superintendente regional em São Paulo. Ele é filho do deputado federal Paulinho da Força (SD).

O ato, na sede do Incra, localizada na rua Doutor Brasílio Machado, região de Santa Cecília, não prejudicou o atendimento ao público. Sônia da Silva Rodrigues, diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de São Paulo (Sindisef), disse que o os trabalhadores votaram em uma lista de funcionários mais capacitados para ocupar o cargo de superintendente.

“Não temos nada contra a pessoa do Alexandre Pereira. Se ele tivesse experiência na área da reforma agrária, na questão fundiária do estado, não teríamos nada a dizer. A gente acredita que existem outras pessoas na sociedade aptas a fazer a gestão das políticas públicas voltadas à questão agrária”, disse.

Além da lista tríplice, os servidores reivindicam o respeito a uma plataforma mínima de gestão elaborada por eles. “O aparelhamento é muito comum aqui, e não importa o partido. Todo partido faz loteamento político na máquina pública. A falta de experiência de outras superintendências levou a contratos não executados da melhor maneira possível para atender o bem público”, disse.

A assessoria de Alexandre Pereira da Silva declarou que as manifestações que ocorrem em todo o país com a mudança do governo eram esperadas e são um direito legítimo. Alexandre Pereira é deputado estadual em São Paulo e é secretário-geral estadual do Solidariedade (SD).

Por: Fernanda Cruz

Fonte: Agência Brasil – EBC

http://amazonia.org.br/2016/07/servidores-do-incra-fazem-ato-contra-a-nomeacao-de-filho-de-paulinho-da-forca/

sábado, 2 de julho de 2016

“Não há limites para os impactos causados pela destruição da Amazônia”

Tapajós vira alvo global do Greenpeace


O Greenpeace vai fortalecer sua campanha global contra a construção da hidrelétrica de São Luís do Tapajós, a maior aposta do governo no setor para os próximos dez anos, com capacidade instalada de 8.040 MW. A diretora-executiva da ONG, a neozelandesa Ann Mary McDiarmid, chega domingo ao Brasil para encontros em Manaus e Brasília.
“Estamos fazendo esta campanha global porque se trata de um problema global”, disse Ann Mary ao Valor. “Não há limites para os impactos causados pela destruição da Amazônia”, afirmou. Tapajós é um dos dois alvos globais do Greenpeace na atualidade. O outro é a exploração de petróleo no Ártico.
Ann Mary deve se encontrar com lideranças dos índios mundurukus, da aldeia Sawré Muybu, a 20 quilômetros do local onde será a barragem de São Luiz. Ali vivem 260 indígenas que são o epicentro da queda de braço entre o governo brasileiro e os índios. Há outros 10 mil mundurukus espalhados pela calha do Tapajós que se sentem ameaçados pela construção de usinas.
Fonte: Valor Econômico