A 8ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, em Brasília, ontem, teve um gostinho amargo aos ruralistas mato-grossenses. Mesmo com a certeza do Ministério da Agricultura de que importantes obras de infraestrutura para o escoamento da produção serão incluídas no PAC 2, a União ratificou mais uma vez que a construção da hidrovia Teles Pires/Tapajós não integrará a segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
“O governo deixa bem claro que hidrovia não é prioridade. Mas continua como bandeira para nós produtores, pois em alguns casos o custo de produção pode reduzir acima de 50%”, frisa o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Glauber Silveira. Segundo ele, a possibilidade de estudos de viabilidade sobre o rio Juruena foi sinalizada. O rio, que alguns quilômetros a frente se torna Teles Pires, no norte do Estado, teve importante papel no escoamento de diamantes no século XIX.
De concreto da reunião, além do descarte da hidrovia que ligaria o norte do Mato Grosso a Santarém (PA), foi a construção da ferrovia de Integração Centro-Oeste, que liga Uruaçu/GO a Lucas do Rio Verde/MT, as ampliações nos portos de Santarém/PA e Itaqui/MA, eclusas no rio Tocantins, construção da BR 242, que liga o município de Sorriso a Ribeirão Cascalheira/MT e a pavimentação da BR 080, que interliga a BR-158 (nordeste de MT) à BR-163 (centro de MT).
Amazônia.org/Diário de Cuiabá
quinta-feira, 18 de março de 2010
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