sexta-feira, 30 de abril de 2010

INPE divulga dados consolidados do desmatamento na Amazônia em 2009

No período de agosto de 2008 a julho de 2009, a Amazônia perdeu 7.464 km², segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que finalizou o levantamento detalhado do desmatamento por corte raso na região. Essa foi a menor taxa de desmatamento observada, desde que começaram a ser feitos os monitoramentos por satélite, em 1988.
Mesmo apresentando uma redução nas taxas de desmatamento, o Estado do Pará respondeu por 57% da devastação da Amazônia Legal no período analisado, aumentando sua participação na destruição da floresta, que era de 43% no período 2007-2008. O Mato Grosso, por outro lado, conseguiu reduzir sua contribuição ao desmatamento da região de 25% para 14%. Os dois Estados foram responsáveis por quase 70% da devastação, em toda a Amazônia, nos anos de 2008 e 2009.
Todos os estados que compõe a Amazônia Legal conseguiram diminuir os índices de desflorestamento. Mato Grosso diminui em 68%, e o Pará em 24%. O Maranhão, em 2009, respondeu por 11% do desmatamento, com um pequeno aumento em relação ao ano anterior, quando participou da degradação com 10%. Rondônia manteve a tendência de queda na devastação, observada desde 2004; em 2009, sua taxa de desmatamento foi menor que 1.000 km2/ano pela primeira vez desde 1988. Os demais Estados somam 11% da devastação total na Amazônia Legal em 2009.
A tabela abaixo apresenta a participação de cada Estado na taxa de desmatamento da Amazônia Legal em km2, de 2001 a 2009.
Comparado com o período anterior (2007-2008), o resultado apresenta uma redução de 42% no desmatamento e se aproximara da estimativa de 7.008 km² de áreas devastadas, divulgada pelo instituto em novembro de 2009. A diferença de 6,5% entre essa previsão e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro de 10%.
O INPE aponta como causa da diminuição das taxas de desmatamento a criação do Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), pelo governo federal. O instituto também atribui o resultado ao trabalho de monitoramento da devastação em tempo real, que permitem a fiscalização de forma rápida e efetiva.
Os dados são obtidos pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que utiliza imagens dos satélites LANDSAT, CBERS e DMC.

Amazônia.org

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