Após meses de espera pela aprovação de licenças e muitas
viagens-teste de barcaça pelo rio Tapajós, a Bunge realiza amanhã o primeiro
embarque de soja por seu terminal portuário de Vila do Conde, no município de
Barcarena, no Pará. É um marco histórico para a companhia no país: será sua
estreia no escoamento de grãos originados no Centro-Oeste pela chamada
"Saída Norte", a alternativa mais aguardada pelo agronegócio
brasileiro aos portos congestionados do Sudeste.
O primeiro navio partirá para a Europa carregando 60 mil
toneladas de soja de Mato Grosso. Na solenidade, estarão presentes o CEO global
da Bunge, Soren Schroder, e o argentino Raul Padilla, que substituirá a partir
de 1º de maio Pedro Parente como novo CEO da Bunge no Brasil.
Pedro
Parente, presidente da Bunge Brasil(A
Bunge Brasil pertence à holding Bunge Limited) avalia a inauguração do
complexo portuário como sendo um novo paradigma no escoamento da produção de
grãos brasileira. Segundo ele, esse investimento permitirá transformar e
alavancar o desenvolvimento no norte do país.
“É uma nova alternativa, é um novo
paradigma para os produtores brasileiros. Nós vamos estar, ao invés de escoar a
produção de Mato Grosso pelo Sudeste do país, nós vamos estar escoando pelo
Norte, muito mais próximo dos portos de destino, como Europa e China. Então
isso realmente é um marco importantíssimo, é uma nova alternativa, é
extremamente relevante para o produtor brasileiro, para o país, mais divisas,
mais exportação e, para a nossa empresa também, para a Bunge, que está sendo
pioneira nesse movimento”, declarou.
De
acordo com o gerente de operações portuárias do Terfron, João Felipe
Folquening, o complexo também contribui para a sustentabilidade ao privilegiar
o modal hidroviário.
“Esse terminal tem uma capacidade
estática de 150 mil toneladas e uma capacidade de expedição para navios de
1.500 toneladas/hora. Também temos o recebimento hidroviário com uma capacidade
de 1.500 toneladas/hora. A grande novidade desse projeto é desafogar a
logística rodoviária que hoje sai do Mato Grosso até o Sul/Sudeste do país, via
rodovia e caminhões, e trazer esses caminhões subindo até Itaituba pela BR-163
e fazendo o transbordo da soja e do milho para as barcaças, descendo o Rio
Tapajós até Barcarena. Então, o transporte hidroviário é um transporte muito
mais sustentável e eficiente no transporte de grãos”, afirmou.
Pela
nova rota criada, os grãos das maiores regiões produtoras seguirão por caminhão
pela BR-163 até a estação de transbordo de Miritituba, no oeste do Pará,
percorrendo uma distância de 1.100 quilômetros. No terminal, a carga será
colocada em barcaças que irão navegar o rio Tapajós , passarão pelo estreito de
Breves e chegarão ao Terfron, em Vila do Conde, Barcarena, um percurso de 1.000
quilômetros realizado em aproximadamente três dias. No Terfron, a carga será
armazenada para posterior embarque em navios graneleiros rumo ao exterior.
DO BLOG JOTA PARENTE BLOGSPOT
http://jotaparente.blogspot.com.br/
Perguntar não ofende,
secretário
Eu gostaria muito, que o secretário de Estado de Meio
Ambiente do Pará, José Colares explicasse uma coisa para o povo de Itaituba:
Secretário, o senhor disse para quem quis ouvir, mais de uma
vez, aqui mesmo em Itaituba, e repetiu isso em Belém, que não seria entregue
nenhuma Licença de Operação, enquanto não fossem cumpridas as condicionantes,
pelas empresas que estão se instalando no município de Itaituba, mais
diretamente no distrito de Miritituba, as donas dos portos em processo de
implantação.
Até agora, para sair uma migalha da Bunge, foi preciso que
os moradores daquele distrito interditassem a entrada que liga ao porto dela.
Hoje a Bunge inaugurou, simultaneamente, o porto de
Barcarena e o de Miritituba, e amanhã já zarpará o primeiro navio carregado de
soja.
Se o porto de Miritituba foi inaugurado, inclusive tendo
contado, ontem, com a visita do presidente global da empresa, quem de nós é
tapado o suficiente para achar que uma empresa multinacional do porte da Bunge
está fazendo isso à revelia do governo do Estado?
Então, secretário, saiu, ou não saiu a Licença de Operação
da Bunge?
Se saiu, o senhor não cumpriu com o que prometeu, e se não
saiu, está a Bunge operando ilegalmente, posto que, a partir de hoje ela já vai
operar seu porto?
Se for possível, secretário, responda. Nós, de Itaituba, e
ainda mais, o povo de Miritituba, estamos ávidos por uma resposta concreta, sem
enrolação, olho no olho e mostrando documentos.
Jota Parente - Jornalista - Titular do blog
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