domingo, 27 de abril de 2014

Inaugurado o complexo portuário Miritituba-Barcarena - a revelia do governo do Estado?

Após meses de espera pela aprovação de licenças e muitas viagens-teste de barcaça pelo rio Tapajós, a Bunge realiza amanhã o primeiro embarque de soja por seu terminal portuário de Vila do Conde, no município de Barcarena, no Pará. É um marco histórico para a companhia no país: será sua estreia no escoamento de grãos originados no Centro-Oeste pela chamada "Saída Norte", a alternativa mais aguardada pelo agronegócio brasileiro aos portos congestionados do Sudeste.


O primeiro navio partirá para a Europa carregando 60 mil toneladas de soja de Mato Grosso. Na solenidade, estarão presentes o CEO global da Bunge, Soren Schroder, e o argentino Raul Padilla, que substituirá a partir de 1º de maio Pedro Parente como novo CEO da Bunge no Brasil.

Em Barcarena (PA), inaugurado o complexo portuário Miritituba-Barcarena, da Bunge, que é composto da Estação de Transbordo, em Miritituba, e do Terminal Portuário Fronteira Norte (Terfron), em Barcarena. A nova rota de exportação tem capacidade de escoamento de carga de até 2,5 milhões de toneladas de grãos por ano.

        Pedro Parente, presidente da Bunge Brasil(A Bunge Brasil pertence à holding Bunge Limited) avalia a inauguração do complexo portuário como sendo um novo paradigma no escoamento da produção de grãos brasileira. Segundo ele, esse investimento permitirá transformar e alavancar o desenvolvimento no norte do país.

“É uma nova alternativa, é um novo paradigma para os produtores brasileiros. Nós vamos estar, ao invés de escoar a produção de Mato Grosso pelo Sudeste do país, nós vamos estar escoando pelo Norte, muito mais próximo dos portos de destino, como Europa e China. Então isso realmente é um marco importantíssimo, é uma nova alternativa, é extremamente relevante para o produtor brasileiro, para o país, mais divisas, mais exportação e, para a nossa empresa também, para a Bunge, que está sendo pioneira nesse movimento”, declarou.

          De acordo com o gerente de operações portuárias do Terfron, João Felipe Folquening, o complexo também contribui para a sustentabilidade ao privilegiar o modal hidroviário.
“Esse terminal tem uma capacidade estática de 150 mil toneladas e uma capacidade de expedição para navios de 1.500 toneladas/hora. Também temos o recebimento hidroviário com uma capacidade de 1.500 toneladas/hora. A grande novidade desse projeto é desafogar a logística rodoviária que hoje sai do Mato Grosso até o Sul/Sudeste do país, via rodovia e caminhões, e trazer esses caminhões subindo até Itaituba pela BR-163 e fazendo o transbordo da soja e do milho para as barcaças, descendo o Rio Tapajós até Barcarena. Então, o transporte hidroviário é um transporte muito mais sustentável e eficiente no transporte de grãos”, afirmou.


          Pela nova rota criada, os grãos das maiores regiões produtoras seguirão por caminhão pela BR-163 até a estação de transbordo de Miritituba, no oeste do Pará, percorrendo uma distância de 1.100 quilômetros. No terminal, a carga será colocada em barcaças que irão navegar o rio Tapajós , passarão pelo estreito de Breves e chegarão ao Terfron, em Vila do Conde, Barcarena, um percurso de 1.000 quilômetros realizado em aproximadamente três dias. No Terfron, a carga será armazenada para posterior embarque em navios graneleiros rumo ao exterior.



DO BLOG JOTA PARENTE BLOGSPOT
http://jotaparente.blogspot.com.br/

Perguntar não ofende, secretário

Eu gostaria muito, que o secretário de Estado de Meio Ambiente do Pará, José Colares explicasse uma coisa para o povo de Itaituba:

Secretário, o senhor disse para quem quis ouvir, mais de uma vez, aqui mesmo em Itaituba, e repetiu isso em Belém, que não seria entregue nenhuma Licença de Operação, enquanto não fossem cumpridas as condicionantes, pelas empresas que estão se instalando no município de Itaituba, mais diretamente no distrito de Miritituba, as donas dos portos em processo de implantação.

Até agora, para sair uma migalha da Bunge, foi preciso que os moradores daquele distrito interditassem a entrada que liga ao porto dela.

Hoje a Bunge inaugurou, simultaneamente, o porto de Barcarena e o de Miritituba, e amanhã já zarpará o primeiro navio carregado de soja.

Se o porto de Miritituba foi inaugurado, inclusive tendo contado, ontem, com a visita do presidente global da empresa, quem de nós é tapado o suficiente para achar que uma empresa multinacional do porte da Bunge está fazendo isso à revelia do governo do Estado?

Então, secretário, saiu, ou não saiu a Licença de Operação da Bunge?

Se saiu, o senhor não cumpriu com o que prometeu, e se não saiu, está a Bunge operando ilegalmente, posto que, a partir de hoje ela já vai operar seu porto?

Se for possível, secretário, responda. Nós, de Itaituba, e ainda mais, o povo de Miritituba, estamos ávidos por uma resposta concreta, sem enrolação, olho no olho e mostrando documentos.


Jota Parente - Jornalista - Titular do blog

Nenhum comentário:

Postar um comentário