O Brasil em comoção nacional
A coisa está feia, muito feia.
Depois da metralhadora
giratória da delação do senador Delcídio Amaral, que acertou políticos de todas
as siglas, do vazamento das conversas do
ministro Aloizio Mercadante com o jornalista Augusto Marzagão, da presidente
Dilma Rousseff e Lula e de Jaques Wagner com Lula, instaurou-se na República um
clima de salve-se quem puder. Dilma passando recibo da armação quanto ao termo
de posse de Lula no ministério, Lula
dizendo que os presidentes da Câmara e do Senado estão "f…", e
referindo-se à ministra Rosa Weber, do STF, no sentido de que "já que os
homens não têm saco, talvez uma mulher corajosa…", que "temos uma
Suprema Corte totalmente acovardada", "um Congresso totalmente
acovardado", que no Brasil funciona a "República de Curitiba" e
por aí afora dão o tom da imensa gravidade dos fatos.
O povo foi para a rua sem prévia convocação e está
expulsando políticos oportunistas que tentam embarcar nos protestos contra a
sem-vergonhice. Que dias tristes nós brasileiros vivemos! O mundo acompanha a
comoção nacional e os investidores deram uma pausa aguardando os
acontecimentos. A pior coisa em tudo isso é a situação indefinida. Nossa
economia vai pelo ralo e com ela as esperanças de dias melhores. Vai ser duro
reconstruir o País, mas talvez a cidadania ressurja, robustecida, depois de
vencida a crise.
Uma coisa é certa: ninguém no mundo político quer conversa
por telefone e nem pessoalmente. A desconfiança é geral. Agora, a comunicação
entre políticos está restrita a caras e bocas, no máximo leitura labial, mímica
e, quem sabe, sinais de fumaça ou toques de tambor.
Blog da Franssinete Florenzano
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