O titular da Sema, José Alberto Colares. |
A presidente da Vale do Garça, Nelci Rodrigues |
CASTELO DOS SONHOS RECEBE PRIMEIRAS LICENÇAS AMBIENTAIS PARA
ATIVIDADE GARIMPEIRA
Belém (24/10/14) – Garimpeiros e produtores rurais do
distrito de Castelo dos Sonhos, no município de Altamira, participaram nesta
semana de um ato público para a entrega das primeiras licenças ambientais
destinadas à prática da mineração na região. A legalização da atividade
garimpeira foi um compromisso firmado pela Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (Sema) com as cooperativas do setor. A área para a atividade
garimpeira fica na região localizada na BR 163, próximo à divisa entre Novo
Progresso, no Pará, e Guarantã do Norte, no Mato Grosso.
O titular da Sema, José Alberto Colares, relata que em 2013
foi feita uma reunião com todos os garimpeiros da região para formatação de um
parâmetro para ordenamento ambiental da exploração de minérios na região de forma
a garantir a legalização da atividade. “Essa normatização passa pelo registro
das máquinas e equipamentos, cadastro ambiental rural (CAR), reposição
topográfica e florestal do terreno, controle do resíduo da mineração, pagamento
de impostos e principalmente a legalidade do ouro vendido, para que possamos
ter um desenvolvimento sustentável”, explica Colares.
Segundo a presidente da Associação de Produtores Rurais do
Vale do Garça, Nelci Rodrigues, a iniciativa vai incentivar a economia local ao
possibilitar que os garimpeiros trabalhem na legalidade, dentro do que
estabelecem os órgãos de fiscalização ambiental. “É uma forma de gerarmos
emprego e renda de uma forma sustentável à população que vive da atividade no
garimpo e assim garantir melhorias para toda a nossa comunidade. Daqui em
diante trabalharemos com tranquilidade, para que Castelo dos Sonhos cresça
dentro da legalidade”, afirma a presidente.
Atualmente, mais de duas mil pessoas vivem do garimpo em
Castelo dos Sonhos. “Nós já temos duas cooperativas que empregam cerca 900
garimpeiros cada e que estão trabalhando em parceria com o Estado para garantir
a legalização da atividade e segurança do seu patrimônio com a regularidade
desta prática, o que vai gerar emprego e renda de forma sustentável”, garante
José Colares.
O presidente de uma das cooperativas de garimpeiros de
Castelo dos Sonhos, Gilson Camboim, acredita que a medida beneficiará a todos,
porque, segundo avalia, é através da legalização que cada órgão define a sua
participação, tanto na esfera municipal quanto estadual e federal. “Com a
prática regulamentada teremos uma maior credibilidade do garimpo e poderemos
proporcionar a quem está legalizado um trabalho planejado com um impacto mínimo
ao meio ambiente e com restauração da área de extração, seja dentro de um
trabalho de psicultura, fruticultura ou até reflorestamento. É uma atividade
que pode proporcionar riquezas ao Estado e a União”, conclui Camboim.
Fonte e fotos: Agência Pará
Ascom Sema
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