Madeireiros ilegais estão
atuando em desmatamentos multiponto
“Enquanto esses dois não
forem presos, não podemos soltar dados georreferenciados da BR-163, porque
temos que pegá-los. E eles têm um sistema de legalização das terras. Do qual
participam servidores públicos e que vamos desbaratar em breve”, afirmou
Menezes.
Responsável pelo trabalho das
equipes de fiscalização, Menezes disse que está confirmado o uso dos dados do
Deter pelo crime organizado na região. “O infrator começou a usar as
informações do geoprocessamento. Nós, da fiscalização, sempre pedimos para não
divulgar dados do Deter antes de fecharmos as operações”, afirmou.
Luciano
Menezes informou que as equipes do Ibama que participaram da Operação
Castanheira, em parceria com a Polícia Federal, continuam procurando dois
grileiros que são considerados os mais perigosos da região. Conhecidos apenas
pelos primeiros nomes, Castanha e Ismael estão foragidos, desde que membros da
organização mantida por eles na região da rodovia BR-163, uma das mais afetadas
pelo crime, foram presos preventivamente depois de um flagrante.
Durante a entrevista
coletiva, o presidente do Ibama ressaltou, diversas vezes, que os relatórios
começaram a ser usados por grileiros que atuam na região. “Os dados estão sendo
usados sem critério e começaram a alimentar a própria cadeia criminosa”,
alertou. Para ele, tal uso compromete a eficácia do trabalho dos fiscais e
expõe as equipes a um risco maior em campo.
Segundo o diretor de Proteção
Ambiental do Ibama, Luciano de Menezes Evaristo, madeireiros ilegais estão
atuando em desmatamentos multiponto, ou seja, abrem várias frentes em diferentes
partes de uma área e vão avançando na derrubada das árvores. “Enquanto esse
desmatamento está pulverizado, o Deter não enxerga porque satélite de baixa
resolução significa que não enxerga bem”, reforçou.
Responsável
pelo trabalho das equipes de fiscalização, Menezes disse que está confirmado o
uso dos dados do Deter pelo crime organizado na região. “O infrator começou a
usar as informações do geoprocessamento. Nós, da fiscalização, sempre pedimos
para não divulgar dados do Deter antes de fecharmos as operações”, afirmou.
Luciano
Menezes informou que as equipes do Ibama que participaram da Operação
Castanheira, em parceria com a Polícia Federal, continuam procurando dois
grileiros que são considerados os mais perigosos da região. Conhecidos apenas
pelos primeiros nomes, Castanha e Ismael estão foragidos, desde que membros da
organização mantida por eles na região da rodovia BR-163, uma das mais afetadas
pelo crime, foram presos preventivamente depois de um flagrante.
“Enquanto
esses dois não forem prensos, não podemos soltar dados georreferenciados da
BR-163, porque temos que pegá-los. E eles têm um sistema de legalização das
terras. Do qual participam servidores públicos e que vamos desbaratar em
breve”, afirmou Menezes. Ele antecipou que as equipes do Ibama estão espalhadas
em nove áreas consideradas críticas na Amazônia, que respondem por 70% de todo
o desmatamento da região.
Perondi
explicou, por sua vez, que os sistemas estão passando por aperfeiçoamentos e
que o Inpe já está testando imagens de um satélite de maior resolução que vai
alimentar o que estão chamando de Deter B. “Será baseado no sensor AwiFS, que
monitora polígonos menores que 25 hectares e detecta desmatamentos superiores a
6,25 hectares.”
O novo
sensor é capaz de discriminar desmatamentos por corte raso, corte seletivo e
degradação florestal, por ter resolução de 60 metros (m) contra os 250m de
resolução do atual equipamento. “Ele proporciona informação mais precisa, e
estaremos atingindo a demanda de ter um sensor menos míope”, afirmou.
O
diretor do Inpe informou que a formalização do uso desse novo equipamento só
ocorrerá no final do primeiro semestre de 2015, mas há estão sendo feitos
pilotos para monitoramento e captação de imagens que serão usadas no
aperfeiçoamento do sistema.
Não foram
divulgados novos dados de desmatamento nesta sexta-feira. Zanardi e Perondi
explicaram que os números preliminares do Projeto de Monitoramento do
Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que usa sensores com resolução maior,
capazes de captar de 20m a 30m, são usados como dado oficial para medir a taxa
de desmatamento. Esses dados serão consolidados e apresentados até o dia 20
deste mês.
Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil
– EBC
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