O professor José Seixas Lourenço foi empossado como o primeiro reitor da recém criada Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOA). Currículo não lhe falta para dar o pontapé inicial a uma universidade que tem como grande missão promover o desenvolvimento sustentável de uma região historicamente carente de investimentos.
Aos 65 anos, Seixas Lourenço é Geofísico, doutor pela Universidade da Califórnia, USA; foi Secretário da Amazônia do governo federal de 1995 a1999; diretor do Instituto de Pesquisas da Amazônia (INPA) entre 1992 e 1995; Reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) de 1985 a 1989 e diretor do Museu Emílio Goeldi entre 1982 e 1985. Em entrevista ao Jornal Novo Estado, direto de Brasília, o reitor falou sobra a nova universidade.
Aos 65 anos, Seixas Lourenço é Geofísico, doutor pela Universidade da Califórnia, USA; foi Secretário da Amazônia do governo federal de 1995 a1999; diretor do Instituto de Pesquisas da Amazônia (INPA) entre 1992 e 1995; Reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) de 1985 a 1989 e diretor do Museu Emílio Goeldi entre 1982 e 1985. Em entrevista ao Jornal Novo Estado, direto de Brasília, o reitor falou sobra a nova universidade.
Qual a importância da UFOPA para o Oeste do Estado e para a Amazônia?
Seixas Lourenço - Acreditamos que a UFOPA vai ajudar a promover o desenvolvimento regional com sustentabilidade. Contribuirá efetivamente para a redução da pobreza e das desigualdades na Amazônia, principalmente na região Oeste do Pará. Tudo isso usando um recurso inesgotável que é o conhecimento disponível e a ser desenvolvido na região.
Agora que o Projeto de Lei foi sancionado, quais serão os próximos passos para a implantação da nova universidade?
Seixas Lourenço - Vamos dar prosseguimento às ações iniciadas desde o momento da criação da Comissão de Implantação da UFOPA. Muitas providências foram tomadas, como a construção coletiva de um Projeto Acadêmico inovador que vai permitir preparar cidadãos para a sociedade, o mercado de trabalho e principalmente para a vida. Todo o material didático do Ciclo Básico em Estudos Amazônicos foi produzido com a contribuição de pesquisadores sobre a região, está praticamente pronto. Foi também iniciado o processo de licitação de obras e os preparativos para a realização de concurso público que são inúmeros, o que vai certamente promover um impacto social muito grande.
Como está o processo de contratação de pessoal?
Seixas Lourenço - A única forma de ingresso no serviço público é através de concurso público. Trabalhamos intensamente nessa questão. Isto nos possibilita publicar o Edital de Concurso público para 128 professores e 166 técnicos de nível superior e médio nos próximos dias. Todos os concursos foram aprovados no Conselho do antigo Campus da UFPA, na Câmara de Ensino e Conselho Superior de Ensino e Pesquisa da UFPA, devido ser ela a Universidade Tutora. Para que isso fosse possível foi decisivo o apoio da comunidade acadêmica do Campus da UFPA em Santarém, dos membros da Câmara de Ensino da UFPA, membros do CONSEPE, da Administração superior da UFPA e obviamente das equipes de trabalho formadas no Campus de Santarém.
E o de construção das estruturas físicas?
Seixas Lourenço - O primeiro processo de licitação de obras está em andamento. Segundo a Prefeitura da universidade tutora, cerca de 15 empresas participaram do processo. Outros editais de obras deverão ser publicados brevemente, de tal forma que no início do período letivo 2010, os espaços estejam preparados para receber os novos alunos.
A região amazônica está hoje no centro das discussões mundiais sobre o meio ambiente, mas abriga uma população de 25 milhões de pessoas que precisam ter suas necessidades atendidas.
Como a UFOPA pode contribuir com a preservação da região e, ao mesmo tempo, com o desenvolvimento econômico e social?
Seixas Lourenço - A questão ambiental tem um papel importante na qualidade de vida do ser humano. No nosso entendimento, o marco regulatório da questão ambiental é relevante, mas não é suficiente para garantir uma vida digna para as pessoas. O componente que está faltando para ajudar a resolver essa equação é o conhecimento. Por isso, a UFOPA será composta por cinco institutos temáticos, com foco em temas regionais. Dará ênfase em estudos Amazônicos, visando formar cidadãos com conhecimento, habilidades e competências próprias e adequadas para uso dos recursos naturais de forma sustentável. Os egressos da UFOPA deverão está preparados para enfrentar os desafios do século XXI.
Seixas Lourenço - A questão ambiental tem um papel importante na qualidade de vida do ser humano. No nosso entendimento, o marco regulatório da questão ambiental é relevante, mas não é suficiente para garantir uma vida digna para as pessoas. O componente que está faltando para ajudar a resolver essa equação é o conhecimento. Por isso, a UFOPA será composta por cinco institutos temáticos, com foco em temas regionais. Dará ênfase em estudos Amazônicos, visando formar cidadãos com conhecimento, habilidades e competências próprias e adequadas para uso dos recursos naturais de forma sustentável. Os egressos da UFOPA deverão está preparados para enfrentar os desafios do século XXI.
A UFOPA é uma resposta à necessidade de se ampliar o conhecimento sobre a Amazônia, com os seus numerosos cursos na área de engenharia, por exemplo?
Seixas Lourenço - O Instituto de Engenharia e Geociências é um dos Institutos da UFOPA que vai formar o Engenheiro Físico em Energia, Engenheiro Físico em Controle e Automação, Engenheiro Físico Ambiental, Geólogo, Cartógrafo e Geógrafo, Bacharelado em Sistemas de Informação e Engenharia da Computação. Todos com uma forte base em Física, Química, Matemática e informática.
Como a nova universidade poderá ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, especialmente voltados para a região?
Seixas Lourenço - Recebemos da UFPA e da UFRA mais de 70 professores com doutores e mestres. Nos concursos que estão sendo realizados admitiremos preferencialmente doutores. Numa articulação nossa com o CNPq e a FAPESPA conseguimos aprovar 20 bolsas de Desenvolvimento regional científico, de fluxo contínuo, para recém doutores, com pelo menos a metade dessas bolsas ocupadas, até o presente. Da mesma forma, foram autorizadas 5 bolsas para pesquisador "sênior" que deverão ser preenchidas brevemente. Além disso, vamos criar e implantar o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) que deverá criar ambientes favoráveis à Inovação Tecnológica.
Quais as perspectivas em relação ao crescimento da universidade para os próximos anos, tanto em número de alunos, campi, professores, estrutura física?
Seixas Lourenço - O Projeto de Lei aprovado permite estimar que no prazo de 5 anos deveremos ter uma população de 14.000 pessoas no Campus Universitário. A universidade é uma instituição muito dinâmica, nunca está totalmente concluída, o que permite afirmar que o seu crescimento será contínuo tanto na quantidade, quanto na qualidade. Por exemplo, quando a UFPA foi criada, há 52 anos, tinha um número de alunos e de curso inferior ao que tem hoje a UFOPA.
Como será o processo de ingresso na UFOPA?
Seixas Lourenço - A organização do vestibular necessita ser trabalhado com bastante antecedência. Como a nova universidade não havia sido criada, os alunos que ingressarão na UFOPA em 2010 serão submetidos ao sistema de ingresso utilizado pela UFPA conforme previsto em Edital. Quanto ao ingresso na UFOPA a partir de 2011, a idéia inicial é que será através do ENEM, mas essa ainda é uma questão em discussão.
Fonte: Portal Ecoamazônia
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