PET comum tem um risco alto de alterar o sabor da bebida e na verdade estraga a cachaça ou o vinho .
Espero que este artigo chegue as mãos dos produtores de cachaça e vinho , para salvar este patrimônio brasileiro e seus consumidores.
veja:
http://www.ecodebate.com.br/2014/01/07/a-armadilha-do-pet-artigo-de-norbert-suchanek/
http://www.ecodebate.com.br/2014/03/10/a-armadilha-do-pet-2-garrafas-pet-nao-sao-aprovadas-para-serem-reutilizadas-para-bebidas-por-norbert-suchanek/
A armadilha do PET 2 – Garrafas PET não são aprovadas para
serem reutilizadas para bebidas, por Norbert Suchanek
EcoDebate
O Carnaval acabou – o
lixo e o problema da reciclagem de milhares de toneladas de plástico
provenientes das fantasias, embalagens, sacos, copos e garrafas plásticas
ficam. O meu artigo “A armadilha do PET”, originalmente publicado no portal
EcoDebate e no Diário Liberdade algumas semanas antes do Carnaval, foi um
grande sucesso. Ele atraiu milhares de leitores e fans e foi copiado em dezenas
de sites do World Wide Web. Mas a temática Garrafa de PET não acaba com ele.
“Ar condicionado em minutos: faça o seu com garrafa PET”,
“Luminária feita com garrafa PET“, “Tomateiro em garrafa PET“, “Coruja de
garrafa PET”, “Palco de garrafas PET”, “Como fazer uma horta com garrafa PET”,
“Prancha feita de garrafa PET”,… Milhares de websites e jornais com a bandeira
“verde” ensinam milhares de possibilidades de reutilizar garrafas de PET. Mas o
pior uso de uma garrafa de PET é reutilizá-la como garrafa para água ou outras
bebidas. E o pior do pior é usá-la para bebidas alcoólicas, como a nossa
tradicional cachaça. Garrafas de PET são em geral produzidas para serem
utilizadas uma única vez, são garrafas descartáveis. Por isto o material só é
aprovado para ser usado, no máximo, uma vez para bebida de consumo humano. Já o
primeiro uso mostra um risco de contaminação com elementos químicos da produção
de PET, um risco que as autoridades de vigilância sanitária e da saúde do país
ainda acham mínimo ou desprezível.
Mas cada reutilização da garrafa com uma nova bebida aumenta
o risco. Substâncias tóxicas como o plastificante no PET podem entrar no
líquido e em seguida podem causar doenças, como o câncer. Especialmente quando
o líquido está com um grau de álcool acelerado, como na cachaça, com uma média
de 40 graus de álcool, o risco é ainda mais alto. Porque o álcool superior à
20% é mais agressivo e pode absorver os pequenos elementos tóxicos do plástico,
como a substância orgânica Bisfenol-A (BPA), entre outras.
Para pessoas que gostam de uma boa cachaça de alambique de
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo ou do Nordeste, reutilizar
garrafas de PET é uma maldição. Muitos pequenos produtores deixaram de colocar
a pinga num garrafão de vidro em troca da mais barata e mais leve garrafa de
plástico. Mas além de criar um risco à saúde do consumidor – beba com
moderação! – o PET não é um material inerte como o vidro. PET comum tem um
risco alto de alterar o sabor da bebida e na verdade estraga a cachaça.
Espero que este artigo chegue as mãos dos produtores de
cachaça, para salvar este patrimônio brasileiro e seus consumidores.
Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e
Ecologia, é colaborador internacional do EcoDebate.
Nenhum comentário:
Postar um comentário