sábado, 30 de abril de 2016

Desdobramento da operação “Tempestas”

Desdobramento da operação “Tempestas”


 Houve desdobramento da operação “Tempestas”, que  desarticulou organizações criminosas que atuam em vários Estados brasileiros no “esquentamento” de madeira ilegal e sua introdução no mercado. Chegarão  em Belém os indivíduos que foram presos em Sinop(MT), foram presos Charles Andrei Mezetti, 37 anos, Cleverson dos Santos, 39 anos. Um é o cracker, que atuava no furto de créditos das empresas e o outro é dono de empresas fantasmas. Moravam em Santarém e, depois das fraudes, tinham ido embora para o Mato Grosso. Só no Pará foram presos 12 envolvidos, do total de 14. Atuavam na Região Metropolitana de Belém, Tailândia, Tucuruí, Novo Progresso, Marabá, Itaituba e Santarém, justamente em municípios que apresentaram índices relevantes de desmatamento. Os danos ambientais giram em torno de R$23 milhões. Em Novo Progresso foi preso Thiago Antonio Duffeck Faversani.

Foram cumpridos 45 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, 14 de prisões preventivas (12 no Pará), 2 prisões temporárias e 5 conduções coercitivas(duas no Pará). As determinações foram expedidas pelo juízo da Vara de Combate ao Crime Organizado.


A operação é fruto da parceria entre Receita Federal, Sefa, o Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária Federal,  Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, via Gaeco, coordenado pelo promotor de justiça Mílton Menezes. O esquema agia em diversos pontos interligados, desde a criação de empresas fantasmas (sem base física), de fachada (que realizavam atividades lícitas e ilícitas) e apresentação de planos de manejo fraudulentos, conseguindo de forma ilegal os créditos florestais, que posteriormente eram comercializados entre os chamados “papeleiros” para "esquentar" a madeira com  guias florestais com dados falsos, por meio da atuação de crackers, a fim de ocultar a origem ilícita do produto florestal, possibilitando assim a revenda da madeira a preços mais competitivos.

Alguns dos investigados já foram alvos das Operações CrashWood (PC/MPE/SEMAS), Amazônia Legal (PC/MPE/SEMAS), Madeira Limpa (PF/MPF) e Tabebuia (PF/Ibama/MPF).

Um dos investigados, residente no Paraná, atuava como dono de fato de empreendimento no Pará, adquirindo créditos florestais de empresas “fantasmas” e de “fachada”. Tal empreendimento já foi, inclusive, citado em relatório de uma ong ambiental internacional como uma das 45 empresas exportadoras que receberam madeira de 22 serrarias que comercializavam madeira ilegal em todo o País.


O município de Novo Progresso desponta entre os que sofreram maior degradação por desmatamento, apesar do Programa de Redução de Gases do Efeito Estufa e Desmatamento Ilegal (PREGEED), da Semas, que visa combater o desmatamento através de políticas públicas e ações de comando e controle. Além da Operação Tempestas, este ano já foi realizada a Operação Gaia, que culminou com a lavratura de procedimentos policiais por crimes ambientais e a apreensão de cerca de 8.500 m3 de madeira ilegal, no interior do Pará. Além disso, em novembro de 2015 foi assinado o Protocolo de Intenções da Rede de Inteligência da Amazônia Legal, composta pelo Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. A organização funcionará como eixo de conexão e de cooperação entre os estados, e será responsável por subsidiar o trabalho em prol do fortalecimento do sistema de gestão, controle, monitoramento, fiscalização e levantamento de informações na área ambiental.
Fonte: com base em matéria
Postado por Franssinete Florenzano

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