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Como lidar com um professor que está fazendo bullying
Quando ouvimos falar sobre professores que ainda praticam
bullying, sentimo-nos indignados e ao mesmo tempo impotentes. Se aqueles que
deveriam estar promovendo a paz e o respeito em sala de aula e protegendo
nossos filhos contra essa covardia, são os agressores, o que esperar de seus
alunos e de todo o ambiente escolar?
No site Bullying Não é Brincadeira, lemos: “O bullying
cometido por professores tem algumas semelhanças com o bullying entre pares.
Também é um abuso de poder que tende a ser crônico e geralmente é expresso de
forma pública. É uma forma de humilhação que gera atenção por degradar um aluno
na frente dos outros. Com efeito, o bullying pode ser uma cerimônia pública de
degradação em que as capacidades da vítima são rebaixadas e sua identidade é
ridicularizada.”
Os alunos que sofrem bullying de professores, segundo o
mesmo site, “ experienciam confusão, raiva, medo, dúvidas e profunda
preocupação a respeito de suas competências acadêmicas e sociais. Não saber por
que foi escolhido como alvo, ou o que precisa fazer para parar com o bullying,
pode estar entre os aspectos mais estressantes de ser excluído e tratado de
forma injusta. Com o passar do tempo, especialmente se ninguém intervier, o
alvo pode passar a se culpar pelo abuso e assim ter um sentimento pervasivo de
desesperança e desvalorização”.
Que fazer nesses casos? Que atitudes devem ser tomadas? Veja
algumas sugestões:
1. Converse com os pais dos colegas de classe
Peça que verifiquem com seus filhos se eles presenciaram o
bullying do professor contra seu filho ou contra outros colegas.
2. Tenha uma conversa esclarecedora com seu filho
a) Caso não haja testemunho de outros alunos,
tente saber a história toda novamente. Fale sobre os
próximos passos que pretende dar, conversando com o professor e a diretoria da
escola. Diga-lhe que são passos muito sérios e explique as consequências de
acusar alguém injustamente. Se você notar consistência nas acusações de seu
filho, prossiga.
b) Se houver provas,
avise-o sobre os próximos passos que vai dar e diga que ele
não precisa ter medo de sofrer retaliações. A criança precisa sentir-se segura
sabendo que seus pais vão protegê-la.
3. Converse com o professor
Converse com o professor e veja o que ele tem a dizer. Se
ele realmente praticou bullying contra seu filho, dificilmente confessará. No
entanto, essa averiguação é necessária a fim de avançar com o caso.
Peça ao seu filho que vá relatando as atitudes do professor
depois dessa conversa. Talvez ele melhore sua conduta e nada mais precise ser
feito.
4. Converse com o diretor da escola
Se seu filho relatar outra agressão, esse é o próximo passo.
Se foi constatado a prática do bullying lá no início, essa conversa deve ser
imediata. Caso a diretoria não queira enxergar o problema (infelizmente, isso é
comum), reúna as provas que conseguir.
5. Acompanhe as mudanças, quando houverem
Se a diretoria intervier no assunto, verifique (interrogando
seu filho) se o comportamento do professor melhorou, e como está o clima em
sala de aula. Se as coisas não mudarem ou progredirem muito pouco, convém
conversar com a diretoria sobre a possibilidade de trocar o professor.
6. Reúna provas
Se o problema persistir, solicite junto aos pais das
crianças que testemunharam a agressão, a autorização para que sirvam de
testemunha. Você pode dar um gravador ao seu filho e instruí-lo a fazer
gravações. Algumas escolas proíbem que as aulas sejam gravadas, no entanto, em
casos de bullying, essa será um prova importante a ser usada contra o agressor.
Se necessário, converse com um advogado e peça uma autorização judicial para
fazer tais gravações.
7. Se a instituição de ensino não tomar uma atitude, faça um
boletim de ocorrência
Você já deu todas as chances necessárias para que uma
mudança ocorresse, e nada aconteceu. Não se sinta constrangido em relatar o
ocorrido às autoridades policiais. Reúna as provas e faça um boletim de
ocorrência.
Os passos acima são meras sugestões para casos de bullying
em que a vítima não apresenta danos físicos nem psicológicos, ou seja, quando a
agressão for identificada logo no início. Há casos graves de bullying em que
uma intervenção policial faz-se necessária logo no início, e outros em que
atitudes legais precisam ser tomadas. Faça o que julgar mais prudente, porém
não deixe de agir. Faça isso pelo bem-estar físico e psicológico do seu filho.
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