Rafael Ferreira
13 de Junho de 2013
13 de Junho de 2013
A surucucu (Lachesis muta) é a maior serpente venenosa do
hemisfério ocidental e uma das maiores do mundo, podendo atingir até 4,5m de
comprimento e suas presas medem 3,5cm. Pode ser encontrada em toda a América do
Sul (incluindo a ilha de Trinidad, na República de Trinidad e Tobago).
No Brasil, habita florestas densas, principalmente na Amazônia, mas há
registros de sua presença em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica dos
estados do nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
A vocação para mito está até em seu nome científico, Lachesis muta: Lachesis é
uma referência, uma das Moiras, as três irmãs da mitológia gregas
que decidiam o destino dos seres humanos e deuses. Muta ("muda"
em latim) faz referência à vibração da sua cauda que, similar à da cascavel, se
diferencia por não ter ruído.
Ainda é conhecida por outros nomes, a depender do local: shushúpe (Peru),pucarara (Bolivia), cuaima (Venezuela), verrugoso (Colômbia) e in makka sneki ou makkaslang (Suriname).
Aqui, atende por surucucu pico-de-jaca, surucutinga, surucucutinga, surucucu-de-fogo e cobra-topete.
Ainda é conhecida por outros nomes, a depender do local: shushúpe (Peru),pucarara (Bolivia), cuaima (Venezuela), verrugoso (Colômbia) e in makka sneki ou makkaslang (Suriname).
Aqui, atende por surucucu pico-de-jaca, surucutinga, surucucutinga, surucucu-de-fogo e cobra-topete.
Sua cabeça é larga, se distinguindo do pescoço estreito. O focinho é
arredondado. Seu corpo é marrom e marcado com formas losangos marrom-escuros,
revestidos por faixas esverdeadas. Sua cauda não tem guizos, como a cascavel, mas
quando esfregada contra a folhagem, um pequeno osso que possui no extremo da
cauda produz um som. A surucucu dá sinal de que está incomodada: de
comportamento agressivo, não aprecia invasores em seu território.
Um animal de hábitos noturnos, se alimenta de pequenos animais e roedores. L.
muta é capaz de identificar os animais que caça pelo calor, seguindo o seu
rastro térmico. Este acurado sensor de calor é a membrana que reveste
internamente as fossetas loreais (orifícios entre as narinas e os olhos). A
espécie se reproduz entre os meses de outubro e março. o período de incubação
dos ovos é de 76 a 79 dias (em cativeiro).
A Lachesis muta é comum nas suas áreas de ocorrência. Em
contrapartida, a Lachesis muta rhombeata, uma subespécie endêmica da Mata
Atlântica, caracterizada pelo corpo amarelo com desenhos negros, está ameaçada
de extinção. A queda populacional desta subespécie se deve à redução e
fragmentação do seu habitat em razão do desflorestamento. Ela está classificada
como Vulnerável na Lista Vermelha daInternational
Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN).
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