segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Por que mente tanto?



Parece que, na vida pública política, ninguém gosta de verdade. Todos se lambuzam em mentiras.

Há uma classe deles – os políticos – que, mais do que os outros, se fartam de mentiras, verdes e maduras. Mentiras que, insustentáveis, caem apodrecidas, exalando fétido odor. Eles comem e, ainda com a boca suja, declaram-se "limpos". "Eu não sabia de nada" e tantos outros arrotos que verdadeiros ludibriadores públicos tentam emplacar para esconder a sujeira que, irreprovavelmente, são mestres em produzir.


De mentira em mentira, vão se sustentando na árvore, traficando influências, fazendo calar as vozes opositoras. Mesmo assim, o pouco de sensibilidade ao fruto da mentira, regurgitado por alguns, está sendo, forçadamente, “digerido” e “engolido”.


Na história bíblica, os mentirosos não se podem esconder, por isso, suas culpas lhes atormentam. Entre nós, os que usam do ardiloso fruto sabem que o fazem para uma população pobre e desinformada, de memória curta. Quando os cartazes estamparem a foto dos próximos candidatos, poucos se lembrarão destas presentes ausências de sinceridade. E, para eles, tais mentiras tornam-se irrelevantes, matérias frias do passado. Elas passam a ser verdades. Cria-se, então, uma carreira pública “ilibada e sem mácula”. 

No epílogo judaico, aos desfrutadores da mentira é dada a opção de arrependimento, com anistia total de suas faltas. Lá, os que assim desejam, reencontram-se com a verdade abandonada no Éden. Aqui, os nossos representantes se preocupam com o porvir imediato... Inversamente, para continuar no poder, eles querem mesmo é mentir.

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