Parece que, na vida pública
política, ninguém gosta de verdade. Todos se lambuzam em mentiras.
Há uma classe deles – os
políticos – que, mais do que os outros, se fartam de mentiras, verdes e
maduras. Mentiras que, insustentáveis, caem apodrecidas, exalando fétido odor.
Eles comem e, ainda com a boca suja, declaram-se "limpos". "Eu não sabia de
nada" e tantos outros arrotos que verdadeiros ludibriadores públicos tentam
emplacar para esconder a sujeira que, irreprovavelmente, são mestres em
produzir.
De mentira em mentira, vão se
sustentando na árvore, traficando influências, fazendo calar as vozes
opositoras. Mesmo assim, o pouco de sensibilidade ao fruto da mentira,
regurgitado por alguns, está sendo, forçadamente, “digerido” e “engolido”.
Na história bíblica, os mentirosos
não se podem esconder, por isso, suas culpas lhes atormentam. Entre nós, os que
usam do ardiloso fruto sabem que o fazem para uma população pobre e
desinformada, de memória curta. Quando os cartazes estamparem a foto dos
próximos candidatos, poucos se lembrarão destas presentes ausências de
sinceridade. E, para eles, tais mentiras tornam-se irrelevantes, matérias frias
do passado. Elas passam a ser verdades. Cria-se, então, uma carreira pública
“ilibada e sem mácula”.
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