terça-feira, 30 de julho de 2013

Brasil Novo cumpre metas do Ministério para sair da lista de desmatadores

O secretário Justiniano Netto disse que, ao sair do embargo, Brasil Novo estará apto a receber financiamentos e a comercializar produtos sem restrições




















Agência Pará de Notícias


O município paraense de Brasil Novo, localizado na Região de Integração do Xingu, está pronto para sair da lista dos que mais desmatam a Amazônia, após cumprir as três metas do Ministério de Meio Ambiente (MMA). Seguindo os exemplos de outros municípios do Pará, como Paragominas, Dom Eliseu, Santana do Araguaia e Ulianópolis, Brasil Novo aceitou o desafio de mostrar que é possível atender aos critérios de sustentabilidade e sair da lista de embargo do Ministério.
A Portaria 138 do MMA estabelece que, para sair da lista, o município deve possuir 80% de sua área cadastrável inserida no Cadastro Ambiental Rural (CAR), registrar desmatamento menor que 40 km² no último ano, e ter a média do desmatamento dos últimos dois anos menor que 60% em relação às médias dos três anos anteriores.
Brasil Novo promoveu um esforço coletivo e conseguiu avançar no cadastramento das propriedades rurais e, nos últimos 90 dias, inseriu mais de 190 mil hectares de áreas cadastradas no Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (Simlam) do Estado do Pará, alcançando a marca de 80,4% e superando a meta do MMA.
Além disso, segundo dados do Prodes, sistema do governo que monitora o desmatamento, Brasil Novo registrou 9 km² de área desmatada em 2012 (cumprindo a segunda meta do MMA) e possui 57,8% como média do desmatamento dos últimos dois anos, em relação aos três anos anteriores, abaixo da marca determinada.
Parcerias - Para a secretária de Meio Ambiente de Brasil Novo, Zelma Campos, a conquista é resultado de um esforço conjunto. “Quando iniciamos o trabalho no município, tínhamos 47% de CAR. Nos últimos três meses, conseguimos superar o que estabelece o Ministério de Meio Ambiente. Isso só foi possível porque somamos as nossas forças e buscamos apoio em parceiros como o Programa Municípios Verdes e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Não teríamos conseguido sozinhos. Agora, é um momento para repensarmos o modelo econômico do município”, avaliou.
O pedido de desembargo, com todos os documentos solicitados, foi encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente por Justiniano Netto, secretário do Programa Municípios Verdes, que esteve nesta semana em Brasília (DF). “Entregamos os laudos e o pedido de saída de Brasil Novo nas mãos do diretor de Políticas e Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira. Em breve, o Pará terá mais um município fora da lista, e regularizado nos órgãos ambientais. Brasil Novo estará apto novamente a receber financiamentos de bancos e a comercializar seus produtos sem restrições”, ressaltou Justiniano Netto.
Gestão ambiental - Além de sair do embargo, Brasil Novo busca autonomia na gestão ambiental. Para isso, já iniciou na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) o processo de descentralização, que transferirá para a esfera municipal uma dos principais instrumentos da política ambiental brasileira: O licenciamento ambiental.
O assunto já foi discutido pelo secretário adjunto da Sema, Hildemberg Cruz, a prefeita de Brasil Novo, Marina Sperotto, e a secretária municipal de Meio Ambiente, Zelma Campos. Hildemberg Cruz garantiu que a Secretaria estadual dará todo o apoio e as orientações necessárias para que o município não apenas saia da lista, mas receba a gestão das atividades ambientais.
“Estamos delegando competências a alguns municípios, que estão preparados para isso. A descentralização é uma política que depende do esforço local e da criação de condições para se adequar. A Sema dará todo o suporte para que Brasil Novo siga em frente no processo de descentralização”, afirmou.
Para a prefeita Marina Sperotto, “Brasil Novo tem a prioridade de sair da lista de embargados do Ministério do Meio Ambiente, principalmente porque isso influencia positivamente o agricultor, o pecuarista, o homem do campo. Vamos continuar fazendo o dever de casa até conseguirmos o desembargo e a descentralização ambiental”, assegurou. (Com informações da Ascom/Sema).

Texto:

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