Terminou ontem o prazo para os frigoríficos, curtumes e exportadores do Pará comprarem gado de fornecedores sem inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A partir de agora, só com o carimbo do CAR. A decisão é antiga e foi firmada, em julho último, entre o Ministério Público Federal do Pará e as empresas por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Até agora, menos de seis mil das cerca de 110 mil fazendas do Pará (cerca de 5%) se registraram, apesar da exigência legal e do prazo extenso. O cadastro é o primeiro passo para regulamentar a propriedade do ponto de vista ambiental, e o número demonstra o descaso com que uma parte do setor ainda trata a questão.
Mesmo que esses dados ainda sejam provisórios e não validados pelo órgão público, os proprietários continuam relutantes a fazer o cadastro, pois sabem que o mapeamento das fazendas facilita o monitoramento de novos desmatamentos pela análise de imagens de satélite.
Em outubro último, os quatro maiores frigoríficos do Brasil (Bertin, JBS, Marfrig e Minerva) se comprometeram publicamente, num evento do Greenpeace, a não comprar boi criado de fazendas que insistem em desmatar a Amazônia, estão dentro de unidades de conservção e terras indígenas ou que tenham relação com trabalho escravo.
Amazônia.org
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