SISFLORA 2 MUDARÁ COMERCIALIZAÇÃO DE MADEIRA NO PARÁ
Belém (30/05/14) – O Estado do Pará, por meio da Secretaria
de Estado de Meio Ambiente (Sema), contratou nesta semana a empresa que irá
customizar e desenvolver novo Sistema de Comercialização e Transporte de
Produtos Florestais, intitulado Sisflora 2. Além de aperfeiçoar o atual
Sistema, irá permitir maior controle no combate à degradação do meio ambiente e
proporcionará também melhor domínio da legalidade no processo de
comercialização.
A principal funcionalidade do Sisflora 2 baseia-se no
georreferenciamento dos planos de manejo, onde cada indivíduo (árvore) terá sua
coordenada de localização e a utilização de chips, tipo RFID, que serão
implantados na base das árvores que serão exploradas e nas toras de madeira, que
saem da área de manejo autorizada para exportação, permitindo o controle da
exploração dessas áreas através do rastreamento dos chips. O Órgão Ambiental
Estadual fará o monitoramento através de um número designado para o chip que
diz onde a árvore está localizada e a quem pertence a área.
A necessidade da implantação do Sisflora 2 vem das
exigências do mercado internacional, que pede a comprovação da autorização e da
origem legal da madeira, para evitar que se compre produto florestal de área de
proteção ambiental, terras indígenas, áreas exploradas ou desmatadas
ilegalmente. A empresa contratada pela Sema, TecnoMapas, está verificando qual
será a fornecedora dos chips.“O custo é quase insignificante para o
investimento do empreendedor, considerando que este irá qualificar e atestar a
regularidade na exploração madeireira, e ter mais garantias sobre a origem
legal e comprovada da madeira também para fins de exportação. Esse sistema
também facilitará a verificação dos planos de manejo para checar se as árvores
foram exploradas com base no volume que o empreendedor comercializou com as
indústrias”, explica o secretário adjunto de Estado de Meio Ambiente,
Hildemberg Cruz.
Hildemberg explica ainda que, atualmente, a Secretaria tem a
Guia Florestal (GF) para acompanhar a origem e o destino da madeira, que a
partir de agora, será feito por meio do chip. Quando, por exemplo, o técnico
for a campo, poderá conferir pelo chip se a árvore autorizada para corte está
de fato derrubada e retirada. “Quando ele ler o chip vai estar no relatório
dele todas as árvores que ele visitou em comparação com as árvores que foram
exploradas em campo, e também vamos acompanhar na indústria, onde vai chegar
essa madeira. Vamos continuar a utilizar o crédito nas pastas decorrentes dos volumes
autorizados explorados, mas agora vai ter um equipamento que vai rastrear
melhor essa madeira para permitir que eu possa ler o chip dessa madeira a
qualquer momento para verificar se o chip da tora de madeira que está diante do
fiscal na indústria ou em outro lugar é originada de área autorizada pela Sema,
de qual árvore veio e de que plano de manejo”, detalhou.
Passo a passo: Quando o interessado fizer um pedido de
licenciamento na Sema, deverá apresentar o conjunto de árvores que irá cortar
(dentro do contexto de Plano de Manejo), e partir daí, poderá registrar os
chips no Sistema da Secretaria, para em seguida serem implantados pelo próprio
interessado nas árvores em questão.
O novo sistema irá exigir que muitas empresas tenham uma
certificação de origem que dará essa rastreabilidade do que é explorado e o que
é comercializado no estado. Esse processo irá sair das empresas que fazem
exportação direta e será exigido também das empresas que fazem importação do
mercado nacional, que exportam para o mercado externo.
Ascom Sema
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