sábado, 31 de maio de 2014

MANEJO FLORESTAL Chips nas arvores e georreferenciamento-SISFLORA













SISFLORA 2 MUDARÁ COMERCIALIZAÇÃO DE MADEIRA NO PARÁ


Belém (30/05/14) – O Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), contratou nesta semana a empresa que irá customizar e desenvolver novo Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais, intitulado Sisflora 2. Além de aperfeiçoar o atual Sistema, irá permitir maior controle no combate à degradação do meio ambiente e proporcionará também melhor domínio da legalidade no processo de comercialização.


A principal funcionalidade do Sisflora 2 baseia-se no georreferenciamento dos planos de manejo, onde cada indivíduo (árvore) terá sua coordenada de localização e a utilização de chips, tipo RFID, que serão implantados na base das árvores que serão exploradas e nas toras de madeira, que saem da área de manejo autorizada para exportação, permitindo o controle da exploração dessas áreas através do rastreamento dos chips. O Órgão Ambiental Estadual fará o monitoramento através de um número designado para o chip que diz onde a árvore está localizada e a quem pertence a área.

A necessidade da implantação do Sisflora 2 vem das exigências do mercado internacional, que pede a comprovação da autorização e da origem legal da madeira, para evitar que se compre produto florestal de área de proteção ambiental, terras indígenas, áreas exploradas ou desmatadas ilegalmente. A empresa contratada pela Sema, TecnoMapas, está verificando qual será a fornecedora dos chips.“O custo é quase insignificante para o investimento do empreendedor, considerando que este irá qualificar e atestar a regularidade na exploração madeireira, e ter mais garantias sobre a origem legal e comprovada da madeira também para fins de exportação. Esse sistema também facilitará a verificação dos planos de manejo para checar se as árvores foram exploradas com base no volume que o empreendedor comercializou com as indústrias”, explica o secretário adjunto de Estado de Meio Ambiente, Hildemberg Cruz.

Hildemberg explica ainda que, atualmente, a Secretaria tem a Guia Florestal (GF) para acompanhar a origem e o destino da madeira, que a partir de agora, será feito por meio do chip. Quando, por exemplo, o técnico for a campo, poderá conferir pelo chip se a árvore autorizada para corte está de fato derrubada e retirada. “Quando ele ler o chip vai estar no relatório dele todas as árvores que ele visitou em comparação com as árvores que foram exploradas em campo, e também vamos acompanhar na indústria, onde vai chegar essa madeira. Vamos continuar a utilizar o crédito nas pastas decorrentes dos volumes autorizados explorados, mas agora vai ter um equipamento que vai rastrear melhor essa madeira para permitir que eu possa ler o chip dessa madeira a qualquer momento para verificar se o chip da tora de madeira que está diante do fiscal na indústria ou em outro lugar é originada de área autorizada pela Sema, de qual árvore veio e de que plano de manejo”, detalhou.

Passo a passo: Quando o interessado fizer um pedido de licenciamento na Sema, deverá apresentar o conjunto de árvores que irá cortar (dentro do contexto de Plano de Manejo), e partir daí, poderá registrar os chips no Sistema da Secretaria, para em seguida serem implantados pelo próprio interessado nas árvores em questão.

O novo sistema irá exigir que muitas empresas tenham uma certificação de origem que dará essa rastreabilidade do que é explorado e o que é comercializado no estado. Esse processo irá sair das empresas que fazem exportação direta e será exigido também das empresas que fazem importação do mercado nacional, que exportam para o mercado externo.


Ascom Sema

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